O que é amortização de dívida: Bravo

Ao realizar um financiamento ou um empréstimo com o banco, é comum dividir o valor a ser pago em várias prestações, que incluem não só o valor que foi emprestado, mas também juros e outras taxas. Quando você começa a pagar as parcelas, o valor inicialmente devido começa a diminuir. Essa redução recebe o nome de amortização de dívida, nosso assunto do artigo de hoje. Continue lendo e saiba exatamente como ela funciona!

Como funciona a amortização de dívida
Com a amortização de uma dívida, o valor devido vai diminuindo progressivamente até que seja quitado por completo. Ela é feita sobre o valor bruto da dívida, chamado de principal da dívida, que inclui os juros e taxas. Em alguns casos, o valor da dívida vai diminuindo com o pagamento das parcelas, mas os juros e os encargos, não. Isso é definido na hora em que o cliente fecha o contrato de financiamento ou empréstimo. Apenas pagar a parcela da sua dívida já constitui uma amortização, no entanto, esse termo é mais utilizado quando o consumidor decide antecipar as parcelas com o objetivo de reduzir o tempo de pagamento, evitar os juros e reduzir o valor inicial da dívida. Dessa forma, a amortização de dívida é um adiantamento das parcelas finais para obter a redução dos juros incidentes, um benefício estabelecido pela instituição credora.
Tipos de amortização de dívida
No Brasil, existem dois tipos principais de amortização de dívida que costumam ser adotados: tabela price e método SAC. Confira mais sobre cada um deles a seguir.
Tabela Price
Na modalidade de amortização de dívida tabela price, o valor principal da dívida pode ir aumentando ao longo do contrato, sem a parcela mensal ser modificada. Isso porque, nas primeiras parcelas, a maior parte do valor pago é composta por juros e taxas e, somente após alguns meses, o valor principal começa a realmente ser abatido. Esse método de amortização de dívida é comumente utilizado em financiamentos de automóveis ou quando você realiza compras no crediário.

Método SAC
No método SAC, o valor da amortização de dívida a cada prestação é o mesmo durante todo o período de pagamento. No entanto, o valor pago mensalmente pode variar porque conforme a dívida vai sendo abatida e diminuindo, os juros são calculados a cada mês sobre um montante menor, assim as parcelas também vão ficando mais baixas. Esse tipo de amortização de dívida é mais utilizado em contratos longos de financiamento, como na compra de um imóvel.
Como escolher o sistema de amortização de dívida ideal?
Agora que você já sabe os tipos de amortização de dívida, fica a dúvida: qual é o melhor para o seu caso? Para chegar à decisão de forma clara, você pode responder algumas perguntas: – Qual é o tempo para pagar a dívida e como isso se encaixa no meu orçamento atual? – Conheço bem o sistema que estou cogitando utilizar? – Qual sistema impacta menos o meu bolso? – Quais são minhas condições financeiras no momento? Com as respostas em mente, é possível entender melhor o seu caso, os seus objetivos financeiros e fazer a escolha ideal para não se deparar com prejuízos e ter ainda mais dor de cabeça com a amortização de dívida.
Quando vale a pena fazer a amortização de dívida
Se você recebeu um dinheiro extra e já pensou em se livrar da dívida que fez mais rápido, não tome decisões precipitadas. Nem sempre fazer a amortização da dívida vai ser a escolha mais vantajosa financeiramente. Isso porque o processo envolve custos e porque é preciso comparar a rentabilidade do valor economizado com um investimento alternativo, como uma aplicação financeira. Por exemplo, se o seu financiamento imobiliário tem juros baixos, que são menores do que a rentabilidade que você teria se fizesse uma aplicação financeira como o Tesouro Direto, a amortização de dívida não vale a pena, uma vez que você ganhará mais dinheiro investindo o dinheiro do que pagando as prestações antes do previsto. Já se os juros forem superiores ao que você pode obter com as aplicações, é melhor optar pela amortização da dívida, isso apenas se as taxas cobradas pelo seu banco também compensarem. Além disso, vale a pena considerar se o orçamento familiar está ficando comprometido com os altos valores da prestação ou se você pretende vender o imóvel. Isso porque, com as parcelas quitadas, fica muito mais fácil negociar o seu bem.